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O Movimento Cívico "Filhos da Terra" é constituído por indivíduos com ligações a Mangualde que por motivos pessoais ou profissionais se encontram a viver ou a trabalhar noutras localidades.

Este Movimento é apartidário e pretende ser um contributo de cidadania, tendo por objectivo despertar o interesse da comunidade para determinadas temáticas associadas aos desenvolvimento local e encontra-se aberto a todos os mangualdenses que queiram participar.

03 maio 2005

Resumo das Comunicações


Carlos Oliveira - Competitividade Territorial

Competitividade e inovação constituem exemplos de conceitos que se generalizaram rapidamente, sem contudo ter sido produzido qualquer consenso em torno do respectivo conteúdo. No entanto, a relativa ambiguidade e imprecisão de ambas as noções não tem impedido a sua transposição do referencial das empresas para o referencial dos territórios: países, regiões e municípios envolvem-se cada vez mais em estratégias concertadas de promoção do desenvolvimento económico, ao mesmo tempo que competem entre si pela captação de investimento.

A comunicação centra-se no papel dos territórios na promoção da competitividade e da inovação. Cada vez mais, este tema constitui uma oportunidade de afirmação das Cidades e dos seus agentes dinâmicos: na diversificação de projectos e parcerias institucionais, na definição de estratégias concertadas de escala supra-local ou na articulação das políticas locais com os instrumentos de matriz central e regional.

Guilherme Dias – Tecnologias de Comunicação e Informação

Leitmotiv para investimentos, invenções, novas oportunidades de negócio e uma miríade de novos termos e siglas, as TI (tecnologias de informação) mudaram radicalmente a nossa vida no final do século XX, entrando a toda a velocidade no século XXI. Desde os pequenos detalhes da nossa vida doméstica, passando por novos modelos de negócio e reorganizações estratégicas a nível empresarial, indo até aos choques tecnológicos, está presente a toda a hora, em todo o local.

O que se poderá derivar deste novo mundo, para a realidade local? Como é que a autarquia e as entidades locais com capacidade interventora poderão capitalizar nesta nova realidade, para fazer com que possamos enfrentar os desafios futuros com uma perspectiva ganhadora?

Álvaro Sousa – Design e Identidade

Santa Maria da Feira, uma cidade de média dimensão situada entre dois pólos urbanos em grande crescimento, confrontou-se com o dilema de se ver transformar em mais uma cidade-dormitório.

Cidade com uma identidade histórica e cultural forte, viu-se remetida durante grande parte do século XX a um ostracismo que a afastou dos centros de decisão, em parte causada pela emigração dos seus cidadãos mais valiosos, transformando-se num mero ponto de passagem no corredor cada vez mais rápido entre o norte e o sul.

A par de muitas melhorias infra-estruturais no concelho, a câmara decidiu introduzir no final da década de 90 os instrumentos do design que, começando pela construção da marca Stª Mª da Feira – a partir das “imagens” do concelho, produziu um novo sentimento de pertença na população, consolidando a identidade agregadora desta comunidade, que corria o risco de se perder por completo. A marca do concelho e da Câmara, reconhecida pelas populações por associação às manifestações essencial­mente culturais que assina, soube interpretar símbolos genuínos tratando-os com uma sintaxe contemporânea. A imagem criada, baseada no original castelo existente no centro da cidade, tornou-se numa referência não só para os habitantes do concelho mas também para os dos concelhos limítrofes, sendo reconhecido como selo de garantia de qualidade, tendo vindo a ganhar uma dimensão que poucos imaginavam possível.

Álvaro Andrade – Espaço Público / Identidade Colectiva

Problemáticas do Espaço Público na contemporaneidade.
Espaço Público para quê e para quem ?
Desfasamentos sócio-culturais entre a "procura" e a "oferta".
A importância da formatação colectiva alargada da encomenda, na correspondência à identidade colectiva a afirmar e promover.

José Paulo Francisco - O valor do património histórico como recurso

Ruínas, monumentos, obras de arte, museus, constituem algo que a sociedade contemporânea está redescubrindo, despertando a enorme riqueza e a possibilidade de comunicação que possuem estes objectos que a história nos legou.

Pretende apresentar-se o papel que desempenham na nossa sociedade o património histórico e a arqueologia, o seu valor e uso, despertando fenómenos caracterizados por alguns autores como a "ética da salvaguarda" ou o princípio de Noé".

Idalina Machado - “Qualidade de Vida Urbana: a construção de sistemas de indicadores como instrumentos de apoio à definição de políticas e estratégias municipais”

A definição de políticas e estratégias por parte dos municípios terá de passar, necessariamente e cada vez mais, pelo profundo conhecimento da realidade sócio-económica na qual se vai intervir. Neste sentido, apostar na criação de sistemas de indicadores de natureza quantitativa, se possível conciliados com outros de natureza qualitativa, revela-se uma tarefa indispensável não só para definir intervenções prioritárias, mas também para fundamentar as tomadas de decisão.

Com esta breve comunicação pretendo dar a conhecer a minha experiência profissional ao nível da participação no desenvolvimento de um sistema de monitorização da qualidade de vida urbana no município do Porto, projecto que vem sendo desenvolvido desde 2001, e que se baseia num conjunto de indicadores distribuídos por diversos domínios e áreas temáticas.

É importante salientar, também, que estes sistemas de indicadores poderão ser úteis não só para o município, mas também para todas as instituições que tenham competências ao nível da intervenção na cidade. Porém, para que efectivamente se possa deles recolher contributos realmente positivos, é necessário apostar na continua actualização da informação e revisão dos indicadores contemplados.

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Parabéns pela vossa iniciativa!

Não sendo eu conhecedora da realidade de Mangualde, acredito que esta ideia da criação de um movimento cívico a favor de ... é já de si agitadora da consciência social local e, tal como se apresenta, creio que terá um valor acrescido para a dinamização da sociedade civil mangualdense.

Vai ser interessante observar como é que esta "atitude cívica", assumida como construtiva, mas de quem está de fora (!), está a ser percepcionada por parte dos locais. Contributo ou ameaça!?!?!?

Faço votos para que o envolvimento dos agentes locais na discussão dos temas propostos seja mobilizadora do vosso próximo "Take II".

Não tenho dúvidas de que Portugal precisa muito deste tipo de iniciativas.

Eugénia

3/5/05 17:24

 
Blogger Agnelo Figueiredo disse...

Acontece que nesse fim-de-semana não vou estar por aqui. Vou no passeio anual da ACAB.
Espero que aqui publiquem conclusões.
Desenho as maiores venturas.

4/5/05 02:50

 

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