Cresce polémica em torno na água da barragem de Fagilde
JN online 2011-08-19
O presidente da Câmara de Mangualde lançou esta quinta-feira mais uma acha para a polémica que envolve três das quatro autarquias que se abastecem de água na barragem de Fagilde, por causa de dívidas sobre a utilização de equipamentos.
Depois de diversas posições tornadas públicas pelos presidentes das câmaras de Viseu (PSD) e de Mangualde (PS), o autarca socialista, João Azevedo reafirmou esta quinta-feira que só paga a dívida sobre água consumida a partir da barragem de Fagilde, à autarquia de Viseu, "quando receber a verba que o município de Nelas deve ao de Mangualde".
Neste momento, a Câmara de Viseu exige a Mangualde o pagamento de uma dívida que ultrapassa os 200 mil euros e Mangualde tem a haver da autarquia de Nelas uma verba superior a 300 mil euros.
Ora, esta é uma questão de Fernando Ruas já comentou afirmando que "uma coisa não tem a ver com outra" e, também esta quinta-feira, depois de adiantar que Mangualde retirou mais água tratada da albufeira que o estipulado, tornou pública a intenção de recorrer ao Instituto Nacional da Água (INAG) para tomar providências de forma a que albufeira não perca capacidade de servir os munícipes.
No âmbito do sistema intermunicipal de abastecimento de água de Fagilde, o concelho de Nelas tem direito a 15,5 por cento da água tratada, o de Mangualde a 11,5 por cento, o de Penalva do Castelo a três por cento e a capital de distrito a 70 por cento.
Além de fazer depender o pagamento a Viseu do pagamento que Nelas deve efectuar a Mangualde, que João Azevedo justifica com a ideia de que, "sendo um sistema intermunicipal, as coisas estão, naturalmente, todas ligadas", o autarca sublinha ser também sua a preocupação sobre a garantia de abastecimento do concelho.
Já sobre o pedido que Fernando Ruas pretende fazer ao INAG, João Azevedo, sem especificar, disse que o autarca de Viseu "deve informar-se sobre o que ficou decidido na década de 1990" sobre o sistema de abastecimento de Fagilde.
Recorde-se que Ruas justificou este pedido com a constatação de que a albufeira sofreu uma "queda abrupta" da sua quota e que já só apresenta condições de abastecimento para 60 dias, embora isso dependa das condições meteorológicas.
As duas câmaras estiveram reunidas na quarta-feira para analisar a situação e ficaram agendados novos encontros.
A câmara de Nelas ainda não se pronunciou sobre este "conflito".
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