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O Movimento Cívico "Filhos da Terra" é constituído por indivíduos com ligações a Mangualde que por motivos pessoais ou profissionais se encontram a viver ou a trabalhar noutras localidades.

Este Movimento é apartidário e pretende ser um contributo de cidadania, tendo por objectivo despertar o interesse da comunidade para determinadas temáticas associadas aos desenvolvimento local e encontra-se aberto a todos os mangualdenses que queiram participar.

29 dezembro 2006

PSA garante manutenção da fábrica de Mangualde / Peugeot nega fecho de Mangualde / PSA desmente fecho da fábrica de automóveis de Mangualde

Para finalizar o ramalhete aqui ficam as notícias de desmentido do Público, DN e JN de 29 de Dezembro. Assim me despeço e desejo umas boas saídas e melhores entradas para 2007.

PSA garante manutenção da fábrica de Mangualde

Lurdes Ferreira in PÚBLICO de 29 de Dezembro

O grupo francês nega planos de deslocalização, apesar da agitação que reina à volta da sua maior unidade europeia, instalada na Galiza, e da qual Mangualde depende.

O grupo PSA (Peugeot Citroën) garantiu ontem não ter planos de deslocalização da produção da fábrica de Mangualde para Vigo e diz continuar interessado na compra dos terrenos contíguos à unidade para se expandir, um objectivo que persegue já desde 2001.

"Queremos fazer a expansão da fábrica, a produção está previsto continuar. Mangualde faz parte do aparelho produtivo da PSA", respondeu José Leitão, porta-voz da fábrica de Mangualde, ao PÚBLICO. Também o porta-voz do grupo em França, Hughes Dufour, afirmou ontem à agência Bloomberg que a unidade de Mangualde é "muito eficiente" e que a "empresa precisa da sua produção".
José Leitão declarou que a fábrica está há mais de cinco anos a tentar adquirir os terrenos contíguos à unidade. A questão tem-se, contudo, arrastado com a autarquia, dado o respectivo PDM considerar tratar-se de área residencial e não-industrial, estando em causa cerca de 80 mil metros quadrados.

O grupo não tem, contudo, planos específicos para a utilização imediata do espaço em disputa, mas declara precisar dele para "dar flexibilidade e mais área" à fábrica. Ontem, ao fim de cinco anos, recebeu a promessa pública do presidente da câmara de que o Estado expropriará rapidamente os proprietários em causa, se não houver acordo, já que a PSA quer os terrenos ao "valor de mercado e não a um preço dez vezes inferior". Pelo menos até ontem ao final do dia, a decisão de expropriação não tinha sido assinada, confirmou o PÚBLICO junto do Ministério da Economia.
Jorge Abreu, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do Distrito de Viseu e trabalhador da Citroën de Mangualde há cerca de 11 anos, declarou ontem à Lusa que "há grande empenho para se chegar a acordo com os oito proprietários dos terrenos limítrofes".

Pedido público de ajuda
A reacção concreta das autoridades portuguesas aos planos da PSA surgiu na sequência do inesperado pedido público de ajuda do representante da PSA para Portugal, Paulino Alonso, ao Governo, em Novembro passado (ver caixa), mas o processo precipitou-se nos últimos dias, face ao receio de que os planos de racionalização da fábrica da PSA em Vigo, a sua maior fábrica europeia, incluam uma deslocalização da produção desta para França e, por sua vez, de Mangualde para Vigo.
A unidade de Mangualde, com os seus 1230 trabalhadores, funciona como unidade-satélite de Vigo, aumentando ou diminuindo a sua produção em função das necessidades do pólo galego, e não detém grandes ligações à indústria nacional de componentes, sendo essa considerada a sua grande vulnerabilidade. Esta é, aliás, uma questão recorrente, desde que se evidenciou que a saída da GM da Azambuja foi facilitada pela ausência de uma rede de fornecedores nacionais que servissem para ancorar o investimento. Perante a (histórica) "muito baixa" incorporação de componentes nacionais nos carros saídos quer de Mangualde (Citroen Berlingo e Peugeot Partner) quer de Vigo - apenas a Epedal e a Simoldes fornecem a unidade galega -, o presidente da AFIA e do CEIIA, Aloísio Leão, até admite que uma eventual mudança de estratégia em Vigo pode "trazer abertura" no futuro para os fornecedores portugueses, embora considere que esse não é o cenário imediato.
A fábrica galega entra neste momento numa fase de estabilização dos seus fornecedores para a produção do novo modelo C4 Picasso. A nova linha de produção implicou um investimento de 800 milhões de euros e a entrada de novos fornecedores no seu parque industrial.


Vigo com medo de perder autonomia
A demissão inesperada do líder histórico da fábrica de Vigo, Javier Riera, na sexta-feira passada, ante a possiblidade de deslocalização da produção para França, abriu uma crise no que é um dos principais pólos industriais da Galiza. O quartel-general da PSA em França não falou até agora em deslocalização, apela à tranquilidade na Galiza, mas adverte, ao mesmo tempo, que a nova equipa directiva do grupo, que Christian Streiff liderará partir de Fevereiro, será quem vai marcar as prioridades para o futuro, como escrevia ontem o Faro de Vigo.
Quem demonstra as maiores preocupações é o próprio sector automóvel da zona que cresceu com a PSA, sendo hoje de cerca de sete dezenas de empresas. A mudança mais temida é que a fábrica galega deixe de ser um "centro-piloto" e perca, por isso, a produção exclusiva mundial de determinados modelos e o poder de escolher os seus próprios fornecedores de componentes.

"Ligação a Vigo é trunfo de Mangualde"
A PSA prepara-se para mudar de estratégia, na linha do seu plano de corte de custos que anunciou em Setembro, mas parece não mudar em relação ao que quer de Mangualde. Jean-Martin Folz, o homem que geriu o grupo francês nos últimos nove anos e que se prepara para dar o lugar a Christian Streiff, defendeu em recente entrevista ao PÚBLICO que o grupo não coloca, neste momento, em questão a existência da fábrica de Mangualde, mas não abdica de a manter como unidade-satélite de Vigo. "Temos em Portugal uma pequena fábrica, a sua vocação não é crescer, também porque não tem espaço, mas, mesmo sendo pequena, tem oportunidade de beneficiar da associação e da proximidade com a fábrica de Vigo e da base de abastecimento de um grande centro de produção", disse. "Sr. ministro, interceda por nós""Sr. ministro, interceda por nós". Não foi assim, mas quase. No passado dia 3 de Novembro, Paulino Alonso, responsável da PSA para Portugal, interveio no fórum Thinknomics, organizado pelo Ministério da Economia, para fazer um apelo inesperado em público: pediu ao Governo que ajudasse o grupo francês a encontrar uma solução para a sua necessidade de expansão, em termos de terrenos. Na altura, queixou-se da limitação provocada pela expansão urbana à volta. Nesse encontro, anunciou também um aumento de produção em 20 por cento e a criação de mais 100 postos de trabalho, uma expansão que tinha sido concretizada já em Setembro.


Peugeot nega fecho de Mangualde

Leonor Matias in DN de 29 de Dezembro

O grupo francês PSA (Peugeot/ /Citroen) negou ontem a intenção de encerrar a fábrica de Mangualde. Em declarações à agência Bloomberg, Hugues Dufour, porta--voz do construtor automóvel, disse que o "futuro da fábrica está garantido", e que o grupo "precisa da sua produção". Dufour confirmou que a Peugeot se encontra em negociações para adquirir "mais terrenos e aumentar a capacidade da fábrica". No entanto, realçou, quer comprar os terrenos "ao valor de mercado e não a um preço dez vezes superior".

José Leitão, director da fábrica, acrescentou que a Câmara Municipal de Mangualde "poderá avançar com a expropriação dos terrenos". Também, Manuel Pinho, ministro da Economia, desmentiu a possibilidade de encerramento da fábrica da Peugeot/Citroen, e garantiu que "a muito curto prazo vai ser assinado um contrato de investimento no valor aproximado de oito milhões de euros para modernizar as instalações da unidade". Em causa está a instalação de uma nova unidade de pintura em Mangualde.
"O Governo tem seguido muito atentamente, e de uma forma construtiva, a situação da PSA, e não há qualquer indicador no sentido negativo", adiantou o ministro.
Jorge Abreu, representante do Sindicato dos Metalúrgicos e trabalhador da unidade, diz estar confiante no desfecho das negociações para a aquisição dos terrenos e adiantou que a autarquia está disposta a avançar para "as expropriações, caso as negociações entre os franceses e os proprietários falhem".
A direcção da Peugeot/Citroen pretende expandir a unidade, necessitando de um total de 80 mil metros quadrados.

PSA desmente fecho da fábrica de automóveis de Mangualde

Ricardo David Lopes e Rui Bondoso in JN de 29 de Dezembro


O director financeiro da PSA Peugeot Citroën de Mangualde garantiu ontem ser "totalmente falsa" a notícia que dava conta do encerramento iminente da fábrica. Em declarações ao JN, José Leitão admitiu que a PSA quer comprar um terreno adjacente com vista à eventual expansão da unidade e que não foi possível chegar a acordo com os proprietários, pelo que, agora, a questão - que pode passar pela expropriação - "está nas mãos da câmara municipal". Ainda assim, disse, o futuro da unidade não depende, pelo menos no curto-prazo, da aquisição do terreno.
O vereador da maioria PSD, Agnelo Figueiredo, acusou a Oposição camarária de "fazer política de terra queimada" com o caso da fábrica e de, alegadamente, ser a fonte de notícias ontem avançadas - o que foi de imediato desmentido pelo PS - que garantiam que a decisão do fecho seria tomada a 15 de Janeiro. Segundo o vereador - que negou que os proprietários do terreno tenham pedido por ele a "exorbitância" de 12 milhões de euros, tendo admitido que possa valer apenas um milhão de euros - a administração da empresa e a câmara vão reunir-se dia 15 para "fazer o ponto da situação".
A notícia fora antes desmentida por um porta-voz da PSA. À France Presse disse que a unidade "tem o futuro garantido e o Grupo precisa da sua produção". O responsável explicou que na carta enviada em 27 de Novembro pela PSA à autarquia era dito que "caso um plano concreto não seja apresentado nos próximos meses [sobre um acordo com os proprietários do terreno] o centro de produção de Mangualde deixará de fazer parte do plano estratégico do Grupo", mas sublinhou que este alerta representava apenas uma "posição de negociação".
A fábrica de Mangualde, criada em 1964, tem funcionado como de suporte à de Vigo, cujo futuro é incerto, após a demissão do seu director-geral, há uma semana. Produz os veículos Peugeot Partner e Citroën Berling. José Leitão garantiu ao JN que, mesmo que a produção destes modelos não se prolongue além de 2008, a fábrica tem condições (sem se expandir para o terreno em causa) para produzir o modelo sucessor . A fábrica, que é "rentável e não tem problemas de custos", emprega 1400 pessoas.

Investimento a caminho
O ministro da Economia disse ontem que "não tem fundamento" a notícia do encerramento da fábrica, até porque estão previstos novos investimentos na unidade "a muito curto-prazo". Segundo Manuel Pinho, que falava no final do Conselho de Ministros, em breve será assinado um contrato de investimento de oito milhões de euros. Já a hipótese de o terreno vizinho ser expropriado - ontem, um dirigente sindical disse à Lusa que Governo e Câmara tinham garantido que se avançaria para essa solução se não houvesse acordo com os proprietários - não mereceu comentários do ministro. O director financeiro da unidade confirmou ao JN que oficialmente desconhece esta intenção, apesar de o presidente da Câmara já a ter referido. José Leitão lembra ainda que a autarquia tem de alterar o PDM, para que naquele terreno possa nascer uma zona industrial, para a PSA ou outras empresas que venham a surgir no futuro.

1 Comentários:

Blogger Agnelo Figueiredo disse...

Boas entradas, Pau-Preto.

29/12/06 23:59

 

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